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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O Brasil começou a ganhar um grande médico. A vitória de Yuri!
Yuri Vieira de Lima Santos, 19 anos, estudante de escola pública de Cubatão foi aprovado para os Cursos de Medicina de duas das maiores Universidades do país – a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), de Uberaba. Nesta última, cujo resultado foi divulgado nesta segunda-feira (24/01) ele foi o 8º classificado numa turma de 40 aprovados.
Yuri também passou para a segunda fase nas seguintes Universidades: Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa e na Universidade de S. Paulo. É ainda o primeiro na lista de espera da Universidade Federal de São Carlos (UFscar) e também estava na lista de aprovados da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.
Feliz pela aprovação em Medicina, o mais disputado nas principais Universidades do país, ele disse que agora vive “um problema”: fazer a melhor opção entre os cursos nos quais passou, tendo em vista que o prazo para inscrição e matrícula é curto e as inscrições não podem ser cumulativas.
Por isso, já decidiu que abrirá mão da Medicina na UFRJ, no Rio, preferindo a UFTM, que nesta segunda-feira, divulgou a lista de aprovados e cujo prazo de matrícula termina dia 03/de fevereiro. Porém, ainda aguardará os resultados da USP, UNESP e também da UNIFESP (Universidade Federal de S. Paulo), que não divulgou ainda a relação de aprovados.
“Se também tiver sido aprovado na USP, UNESP ou Unifesp – fico em S. Paulo, que é mais perto, vou estar mais próximo da minha família. Do contrário vou para a Universidade Federal do Triângulo, que está entre as melhores do país”, afirma.
Ao contrário dos dois irmãos mais velhos – Dojival e Bruno Vieira de Lima Santos – o primeiro jornalista e o segundo ano do Curso de Direito -, Yuri decidiu ser médico porque disse que quer se dedicar a salvar vidas e cuidar das pessoas.
Ele fez o ensino fundamental (da 1ª a 5ª série) na Escola Antônio Ortega Domingues e depois na Escola da Usina Henry Borden (5ª a 8ª), na Light. O Ensino Médio foi feito na ETEC Aristóteles Ferreira, de Santos.
De origem humilde, Yuri será o primeiro médico da família, que, na parte paterna, tem antepassados negros que viveram sob o escravismo. O segredo para as conquistas que tem comemorado com a mãe Suzete Miranda, com o pai, e com os irmãos, segundo ele, é um só: “Estudo, persistência diante das dificuldades, que não poucas nem pequenas, e determinação”.
Yuri é meu filho mais novo e sua conquista é também minha, da mãe, dos irmãos, da família e de todos os que acreditam que, com luta, garra, determinação um filho de uma família pobre pode, sim, se tornar médico neste país de tanta injustiça, exclusões e desigualdades.
Nesta batalha, que só está começando (agora são os seis anos do Curso), Yuri já é um vitorioso.
Vida longa ao Yuri! O Brasil começou a ganhar um grande médico.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Leia em Afropress: Criança de 10 anos sofre violência no Extra
S. Paulo - Chamado de preto sujo, fedido, encostado à parede de uma sala e obrigado a tirar as roupas que vestia, um garoto de apenas 10 anos – cujo nome é omitido em respeito ao que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - ainda guarda o trauma sofrido, após ser abordado por seguranças, na última quinta-feira (13/01), numa loja do Supermercado Extra, na marginal do Tietê, em S. Paulo, região do bairro da Penha, na Zona Leste de S. Paulo, acusado de furtar mercadorias do estabelecimento.
O menino contou ao pai – Diógenes da Silva -, que foi levado por um dos seguranças para uma sala onde estavam outros dois meninos e três seguranças. As crianças foram obrigadas a baixar as calças e a levantar as camisetas, enquanto um dos seguranças pegou um canivete e passou a encostar nos garotos.
Os seguranças também são acusados de bater com um papelão na mesa para amedrontar os meninos que foram liberados em seguida.
“Meu filho está mal. Ele anda triste e muito assustado. Ele contou também que foi xingado de “negrinho sujo”. Meu filho é apenas uma criança, não deveria ter sido tratado assim, até porque ele não furtou nada do estabelecimento. Tenho o cupom fiscal. O que ele comprou pagou”, afirma o pai, que deu queixa no 10º Distrito Policial.
O caso lembra a situação vivida no final de 2009 pela dona de Casa Edna do Carmo, que estava acompanhada também de seu filho de 7 anos, submetida a constrangimentos, junto com a criança, quando passava pelo caixa de uma loja do supermercado Extra, da Avenida Ana Costa, em Santos. O Ministério Público de Santos, recusou-se a determinar a instauração de Inquérito Policial, após o registro da queixa, alegando não ter havido crime.
O recurso ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado de S. Paulo, ainda não foi julgado. O advogado Dojival Vieira, constituído pela dona de casa, entrará com Ação de indenização por danos morais contra o Grupo Pão de Açúcar.
Explicações
Diógenes, que mora com a mulher e o filho em um apartamento na Zona Leste, disse que foi ao hipermercado cobrar explicações, porém, lá foi atendido pelo chefe de segurança que se negou a mostrar a fita com as imagens do circuito interno, que poderão comprovar a violência contra as crianças.
Em Nota Oficial, a Assessoria do Grupo Pão de Açúcar, a quem pertence o hipermercado Extra, desmentiu a versão da criança e do pai e garantiu que os funcionários agiram de maneira respeitosa e ética, seguindo o padrão operacional da empresa. A Rede disse que vai colaborar com a Polícia para esclarecer o que aconteceu no interior da loja.
Redação - Fonte: Afropress - 18/1/2011
Veja o vídeo - Jornalismo da TV Record
O menino contou ao pai – Diógenes da Silva -, que foi levado por um dos seguranças para uma sala onde estavam outros dois meninos e três seguranças. As crianças foram obrigadas a baixar as calças e a levantar as camisetas, enquanto um dos seguranças pegou um canivete e passou a encostar nos garotos.
Os seguranças também são acusados de bater com um papelão na mesa para amedrontar os meninos que foram liberados em seguida.
“Meu filho está mal. Ele anda triste e muito assustado. Ele contou também que foi xingado de “negrinho sujo”. Meu filho é apenas uma criança, não deveria ter sido tratado assim, até porque ele não furtou nada do estabelecimento. Tenho o cupom fiscal. O que ele comprou pagou”, afirma o pai, que deu queixa no 10º Distrito Policial.
O caso lembra a situação vivida no final de 2009 pela dona de Casa Edna do Carmo, que estava acompanhada também de seu filho de 7 anos, submetida a constrangimentos, junto com a criança, quando passava pelo caixa de uma loja do supermercado Extra, da Avenida Ana Costa, em Santos. O Ministério Público de Santos, recusou-se a determinar a instauração de Inquérito Policial, após o registro da queixa, alegando não ter havido crime.
O recurso ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado de S. Paulo, ainda não foi julgado. O advogado Dojival Vieira, constituído pela dona de casa, entrará com Ação de indenização por danos morais contra o Grupo Pão de Açúcar.
Explicações
Diógenes, que mora com a mulher e o filho em um apartamento na Zona Leste, disse que foi ao hipermercado cobrar explicações, porém, lá foi atendido pelo chefe de segurança que se negou a mostrar a fita com as imagens do circuito interno, que poderão comprovar a violência contra as crianças.
Em Nota Oficial, a Assessoria do Grupo Pão de Açúcar, a quem pertence o hipermercado Extra, desmentiu a versão da criança e do pai e garantiu que os funcionários agiram de maneira respeitosa e ética, seguindo o padrão operacional da empresa. A Rede disse que vai colaborar com a Polícia para esclarecer o que aconteceu no interior da loja.
Redação - Fonte: Afropress - 18/1/2011
Veja o vídeo - Jornalismo da TV Record
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Que 2011 traga saúde, paz, alegria, amor e prosperidade a todos os que lutam por Justiça
Acabou 2010. Já foi tarde. Prefiro esquecê-lo, especialmente, os últimos seis meses, que prefiro não comentar para não trazer de volta os maus fluídos.
Não costumo comemorar o Natal, mas o Ano Novo até me empolga. Quando nada, pela possibilidade que todos temos de fazer balanços e renovar as esperanças, confraternizar com amigos e - até com quem não é tão amigo assim - o que acaba projetando no ar, energias boas, de esperança, de fraternidade.
Que venha 2011. Eu, a minha mulher, Dolores, a Equipe de Afropress, que é um projeto que se mantém há 5 anos no ar, voluntariamente, fazendo jornalismo independente, desejamos a todos (as)os que nos lêem e também aos leitores desse Blog um 2011 com MUITA SAÚDE, PAZ, ALEGRIA, AMOR E PROSPERIDADE.
Sobretudo para os que lutam por Igualdade e Justiça no Brasil, porque esses precisam viver muito e bem para que tenhamos um país mais digno da grandeza e da generosidade do seu povo.
Vamos em frente!!!
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