Leia em Afropress
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
New African Magazine entrevista editor de Afropress
Por: Redação - Fonte: Afropress - 6/11/2011
Londres - O jornalista Dojival Vieira, editor de Afropress é o entrevistado principal da reportagem “Brazil: it’s not fun to be black” (Não é fácil ser negro no Brasil) da Revista New African Magazine, edição de novembro, assinada pela repórter Santorri Chamley.
A New African é uma revista mensal de assuntos africanos lida mensalmente por cerca de 220 mil pessoas, em cerca de 100 países. Em circulação desde 1966, a revista traz o ponto de vista africano para as notícias internacionais e é lida por governamentes, oficiais de governos, pessoas de negócios, profissionais liberais, acadêmicos e interessados em assuntos do continente.
Pertence ao Grupo IC Publications, editora líder em assuntos africanos e no Oriente Médio, com escritório central em Londres e escritórios em Paris e Nova York.
A reportagem de três páginas (da 86 a 88) ouviu o jornalista por e-mail, enviado pelo correspondente de Afropress em Londres, Alberto Castro, e traz dados a respeito da desigualdade gerada pelos quase 400 anos de escravismo no Brasil - o último país do mundo a abolir a escravidão.
“O racismo no Brasil é como uma cobra muito perigosa num quarto escuro, no qual nós negros somos forçados a viver. Enquanto nós não a tocamos ela permanece lá, quieta, mas terrivelmente ameaçadora. Quando nos aproximamos ou tocamos nela, ela nos ataca sem nenhuma piedade”, afirmou o editor.
A reportagem também ouviu Patrick Wilcken, pesquisador da Anistia Internacional no Brasil, que destaca o papel do país no enfrentamento e superação do racismo. “O Brasil é um país emergente que tem conquistado uma grande visibilidade internacional. Como porta-voz da América do Sul, pode ajudar a construir um modelo mundial em que a defesa dos direitos humanos ocupe papel central nas políticas públicas de segurança”, afirmou.
Confira a íntegra da reportagem em: http://headley.co.uk/headturner/NAnov2011
Londres - O jornalista Dojival Vieira, editor de Afropress é o entrevistado principal da reportagem “Brazil: it’s not fun to be black” (Não é fácil ser negro no Brasil) da Revista New African Magazine, edição de novembro, assinada pela repórter Santorri Chamley.
A New African é uma revista mensal de assuntos africanos lida mensalmente por cerca de 220 mil pessoas, em cerca de 100 países. Em circulação desde 1966, a revista traz o ponto de vista africano para as notícias internacionais e é lida por governamentes, oficiais de governos, pessoas de negócios, profissionais liberais, acadêmicos e interessados em assuntos do continente.
Pertence ao Grupo IC Publications, editora líder em assuntos africanos e no Oriente Médio, com escritório central em Londres e escritórios em Paris e Nova York.
A reportagem de três páginas (da 86 a 88) ouviu o jornalista por e-mail, enviado pelo correspondente de Afropress em Londres, Alberto Castro, e traz dados a respeito da desigualdade gerada pelos quase 400 anos de escravismo no Brasil - o último país do mundo a abolir a escravidão.
“O racismo no Brasil é como uma cobra muito perigosa num quarto escuro, no qual nós negros somos forçados a viver. Enquanto nós não a tocamos ela permanece lá, quieta, mas terrivelmente ameaçadora. Quando nos aproximamos ou tocamos nela, ela nos ataca sem nenhuma piedade”, afirmou o editor.
A reportagem também ouviu Patrick Wilcken, pesquisador da Anistia Internacional no Brasil, que destaca o papel do país no enfrentamento e superação do racismo. “O Brasil é um país emergente que tem conquistado uma grande visibilidade internacional. Como porta-voz da América do Sul, pode ajudar a construir um modelo mundial em que a defesa dos direitos humanos ocupe papel central nas políticas públicas de segurança”, afirmou.
Confira a íntegra da reportagem em: http://headley.co.uk/headturner/NAnov2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Até a formatura, doutor Yuri Vieira!!!
Meu filho, Yuri Vieira de Lima Santos,19 anos,é, desde terça-feira, 14 de junho, primeiranista do Curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Yuri foi aprovado nos Vestibulares de Medicina nas principais Universidades do país, a saber: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de S. Carlos, e Universidade Federal do Triângulo Mineiro, além, é claro, da Universidade Federal de Minas Gerais, que foi a sua opção.
Estudante de escola pública, Yuri já é - assim como os dois irmãos, Dojival e Bruno - um grande ser humano. Não tenho dúvidas de que será um grande médico. Para nossa alegria e orgulho.
Em julho, ele se muda para Belo Horizonte e, em agosto, começam as aulas. Nova batalha e novas vitórias.
Em um país, como o nosso, campeão mundial em desigualdades, é digno de celebração, que um filho de pais pobres, neto de avós humildes, semi-analfabetos, consiga fazer Medicina - que é um curso de alto prestígio - numa das melhores Universidades federais do país. Por seus esforços, por sua luta e dedicação e, acima de tudo, por saber que vencedores são os que nunca desistem dos seus sonhos.
Vamos em frente, Yuba! Até daqui a seis anos, na formatura, doutor Yuri Vieira!!!
Yuri foi aprovado nos Vestibulares de Medicina nas principais Universidades do país, a saber: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de S. Carlos, e Universidade Federal do Triângulo Mineiro, além, é claro, da Universidade Federal de Minas Gerais, que foi a sua opção.
Estudante de escola pública, Yuri já é - assim como os dois irmãos, Dojival e Bruno - um grande ser humano. Não tenho dúvidas de que será um grande médico. Para nossa alegria e orgulho.
Em julho, ele se muda para Belo Horizonte e, em agosto, começam as aulas. Nova batalha e novas vitórias.
Em um país, como o nosso, campeão mundial em desigualdades, é digno de celebração, que um filho de pais pobres, neto de avós humildes, semi-analfabetos, consiga fazer Medicina - que é um curso de alto prestígio - numa das melhores Universidades federais do país. Por seus esforços, por sua luta e dedicação e, acima de tudo, por saber que vencedores são os que nunca desistem dos seus sonhos.
Vamos em frente, Yuba! Até daqui a seis anos, na formatura, doutor Yuri Vieira!!!
terça-feira, 17 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
CHICO SE PERDEU. ME AJUDEM A ACHÁ-LO!!!
AOS MEUS AMIGOS E A TODOS (AS) OS QUE AMAM OS ANIMAIS
Acabo de chegar da USP e um vigilante me garantiu, com 100% de certeza, que viu meu cachorrinho, o CHICO, muito assustado, claro, e vagando à esmo nas proximidades do prédio da Veterinária, próxima à Portaria 3, que dá para a Corifeu de Azevedo Marques, na última sexta-feira, 06 de maio/2011, quando ele saiu de casa, aproveitando portão deixado aberto.
Por volta das 19h40, uma senhora de cabelos pretos, mas não muito pretos (descrição do vigilante), muito emocionada o recolheu e o levou, preocupada em não deixá-lo na rua.
Peço encarecidamente a essa senhora, que não se sabe se é estudante, visitante, professora ou funcionária de alguma unidade da USP para entrar em contato comigo ou com a minha mulher nos telefones (11) 9647-7322 e (11) 9918-3928.
Também pode procurar os vigilantes José Alcides e Maurício Borges, que estão solidários e muito comovidos com a nossa dor.
Agradeço muitíssimo a solidariedade. Todos os que já perderam esses animaizinhos que nos ensinam a sermos seres humanos melhores, sabem do tamanho da nossa dor.
Um abraço carinhoso a todos (as)
DOJIVAL VIEIRA
Acabo de chegar da USP e um vigilante me garantiu, com 100% de certeza, que viu meu cachorrinho, o CHICO, muito assustado, claro, e vagando à esmo nas proximidades do prédio da Veterinária, próxima à Portaria 3, que dá para a Corifeu de Azevedo Marques, na última sexta-feira, 06 de maio/2011, quando ele saiu de casa, aproveitando portão deixado aberto.
Por volta das 19h40, uma senhora de cabelos pretos, mas não muito pretos (descrição do vigilante), muito emocionada o recolheu e o levou, preocupada em não deixá-lo na rua.
Peço encarecidamente a essa senhora, que não se sabe se é estudante, visitante, professora ou funcionária de alguma unidade da USP para entrar em contato comigo ou com a minha mulher nos telefones (11) 9647-7322 e (11) 9918-3928.
Também pode procurar os vigilantes José Alcides e Maurício Borges, que estão solidários e muito comovidos com a nossa dor.
Agradeço muitíssimo a solidariedade. Todos os que já perderam esses animaizinhos que nos ensinam a sermos seres humanos melhores, sabem do tamanho da nossa dor.
Um abraço carinhoso a todos (as)
DOJIVAL VIEIRA
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Polícia de S. Paulo enquadra seguranças na Lei da Tortura
S. Paulo - Os seis seguranças e funcionários do Supermercado Carrefour que, em agosto de 2009, perseguiram e espancaram o vigilante da USP, Januário Alves de Santana, tomando-o por suspeito do roubo do seu próprio carro – um EcoSport – cometeram crime de tortura, previsto na Lei 9.455/97, segundo a Polícia Civil de S. Paulo. Cinco deles já foram formalmente indiciados e podem pegar, se condenados, até 8 anos de prisão.
O sexto – o ex-funcionário do Carrefour Dárcio Alves dos Santos – entrou com Habeas Corpus preventivo, na 2ª Vara Criminal de Osasco, tentando se livrar do indiciamento. A Juíza Isabel Irlanda Corrêa, ainda não decidiu.
Segundo o delegado Léo Francisco Salem Ribeiro, do 9º DP de Osasco, que preside a investigação já concluída, não há nenhuma dúvida de que crime cometeram os acusados.
“Restou cristalino que Januário Alves de Santana foi submetido a intenso sofrimento físico e mental a fim de obter sua confissão. Angustiante perceber que (o que motivou) a empreitada foi a discriminação racial", afirma no despacho em que formaliza o indiciamento, que foi juntado ao Inquérito 302/2009.
“Os algozes pretendiam humilhar e dilacerar a alma da vítima, pois diziam “cala a boca, seu neguinho (...) Nós vamos te matar de porrada”. Santana oscilou em intervalos de lucidez e perda de consciência oriundos da tortura sofrida”, acrescentou o delegado no despacho, apontando “o emprego de violência para obter informação ou confissão, em razão de discriminação racial”, conforme prevê a Lei da Tortura.
O delegado, que preside o inquérito também concluiu que os três policiais militares que atenderam a ocorrência, sob o comando do soldado José de Pina Neto, praticaram o crime de omissão de socorro, previsto no art. 135 do Código Penal brasileiro.
Defesa
Para o advogado do caso, Dojival Vieira, a decisão da Polícia Civil de S. Paulo, representa uma vitória do seu cliente na luta pela responsabilização criminal dos agressores e por Justiça. O caso foi inicialmente tratado como sendo lesão corporal dolosa.
“O acordo extra-judicial, fruto do diálogo e de negociações, em que a empresa indenizou Januário e seus familiares em condições por eles consideradas plenamente satisfatórias, foi o primeiro passo. Agora, com a conclusão da Polícia de que foi praticado o crime de tortura, é com o Poder Judiciário. Confiamos que a Justiça processe, julge e condene os que atacaram de forma covarde, e sem qualquer chance de defesa, e ainda tentaram forçar o meu cliente a confessar o roubo do seu próprio carro, por motivação racial, já que a suspeita decorreu do fato de Januário ser um negro com aparência humilde na direção de um EcoSport. Repito: Confiamos na Justiça”, afirmou.
Tortura e barbárie
O caso aconteceu no dia 07 de agosto de 2009, por volta das 22h15, na loja do Carrefour, da Avenida dos Autonomistas, e chocou o país. Santana, na direção do seu EcoSport comprado à prestações, na companhia da mulher, Maria dos Remédios Alves de Santana, de uma irmã, um cunhado e dois filhos pequenos, chegou ao supermercado para fazer compras como fazia habitualmente.
Foi tomado por suspeito de ser um puxador de carros – gíria policial para ladrões de carro em lugares públicos – por ser negro e está na direção de um veículo, cuja posse é associada a pessoas de classe média.
Perseguido, sob a mira de revólveres tentou se refugiar na loja. Foi alcançado e levado para um corredor, onde, por cerca de 30 minutos foi espancado com socos, cabeçadas, esganaduras, coronhadas pelos seguranças para que confessasse o roubo.
No despacho do indiciamento que tem data de 18 de novembro passado, o delegado Salém Ribeiro, descreve a sessão de torturas e o sofrimento físico intenso a que o vigilante foi submetido.
Em conseqüência, perdeu a prótese, arrancada a socos e teve fratura no maxilar esquerdo, sendo obrigado a passar por uma cirurgia com anestesia geral no Hospital Universitário da USP.
Januário precisou ainda de acompanhamento psicológico durante os meses que se seguiram a agressão porque disse que "tinha medo de sair à rua".
Caso inédito
Para o ex-Secretário de Justiça de S. Paulo, Hédio Silva Jr., a decisão da Polícia de indiciar os seguranças é inédita no país. "Sinaliza que as autoridades começam a reconhecer a gravidade dos casos de racismo e dar o tratamento merecido a eles. Não foi "constrangimento ilegal" nem "lesão corporal dolosa". Foi tortura. É exemplar.”, afirmou, relatando que, em 1,2 mil processos judiciais de discriminação racial analisados pelo Centro de Estados das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), no período entre 1.997 e 2010, não há nenhum inquérito baseado na Lei 9455/97, a Lei da Tortura. “E um caso inédito e emblemático”, concluiu.
Veja reportagem da Rede TV - 04/02/2011
Por: Redação - Fonte: Afropress - 4/2/2011
O sexto – o ex-funcionário do Carrefour Dárcio Alves dos Santos – entrou com Habeas Corpus preventivo, na 2ª Vara Criminal de Osasco, tentando se livrar do indiciamento. A Juíza Isabel Irlanda Corrêa, ainda não decidiu.
Segundo o delegado Léo Francisco Salem Ribeiro, do 9º DP de Osasco, que preside a investigação já concluída, não há nenhuma dúvida de que crime cometeram os acusados.
“Restou cristalino que Januário Alves de Santana foi submetido a intenso sofrimento físico e mental a fim de obter sua confissão. Angustiante perceber que (o que motivou) a empreitada foi a discriminação racial", afirma no despacho em que formaliza o indiciamento, que foi juntado ao Inquérito 302/2009.
“Os algozes pretendiam humilhar e dilacerar a alma da vítima, pois diziam “cala a boca, seu neguinho (...) Nós vamos te matar de porrada”. Santana oscilou em intervalos de lucidez e perda de consciência oriundos da tortura sofrida”, acrescentou o delegado no despacho, apontando “o emprego de violência para obter informação ou confissão, em razão de discriminação racial”, conforme prevê a Lei da Tortura.
O delegado, que preside o inquérito também concluiu que os três policiais militares que atenderam a ocorrência, sob o comando do soldado José de Pina Neto, praticaram o crime de omissão de socorro, previsto no art. 135 do Código Penal brasileiro.
Defesa
Para o advogado do caso, Dojival Vieira, a decisão da Polícia Civil de S. Paulo, representa uma vitória do seu cliente na luta pela responsabilização criminal dos agressores e por Justiça. O caso foi inicialmente tratado como sendo lesão corporal dolosa.
“O acordo extra-judicial, fruto do diálogo e de negociações, em que a empresa indenizou Januário e seus familiares em condições por eles consideradas plenamente satisfatórias, foi o primeiro passo. Agora, com a conclusão da Polícia de que foi praticado o crime de tortura, é com o Poder Judiciário. Confiamos que a Justiça processe, julge e condene os que atacaram de forma covarde, e sem qualquer chance de defesa, e ainda tentaram forçar o meu cliente a confessar o roubo do seu próprio carro, por motivação racial, já que a suspeita decorreu do fato de Januário ser um negro com aparência humilde na direção de um EcoSport. Repito: Confiamos na Justiça”, afirmou.
Tortura e barbárie
O caso aconteceu no dia 07 de agosto de 2009, por volta das 22h15, na loja do Carrefour, da Avenida dos Autonomistas, e chocou o país. Santana, na direção do seu EcoSport comprado à prestações, na companhia da mulher, Maria dos Remédios Alves de Santana, de uma irmã, um cunhado e dois filhos pequenos, chegou ao supermercado para fazer compras como fazia habitualmente.
Foi tomado por suspeito de ser um puxador de carros – gíria policial para ladrões de carro em lugares públicos – por ser negro e está na direção de um veículo, cuja posse é associada a pessoas de classe média.
Perseguido, sob a mira de revólveres tentou se refugiar na loja. Foi alcançado e levado para um corredor, onde, por cerca de 30 minutos foi espancado com socos, cabeçadas, esganaduras, coronhadas pelos seguranças para que confessasse o roubo.
No despacho do indiciamento que tem data de 18 de novembro passado, o delegado Salém Ribeiro, descreve a sessão de torturas e o sofrimento físico intenso a que o vigilante foi submetido.
Em conseqüência, perdeu a prótese, arrancada a socos e teve fratura no maxilar esquerdo, sendo obrigado a passar por uma cirurgia com anestesia geral no Hospital Universitário da USP.
Januário precisou ainda de acompanhamento psicológico durante os meses que se seguiram a agressão porque disse que "tinha medo de sair à rua".
Caso inédito
Para o ex-Secretário de Justiça de S. Paulo, Hédio Silva Jr., a decisão da Polícia de indiciar os seguranças é inédita no país. "Sinaliza que as autoridades começam a reconhecer a gravidade dos casos de racismo e dar o tratamento merecido a eles. Não foi "constrangimento ilegal" nem "lesão corporal dolosa". Foi tortura. É exemplar.”, afirmou, relatando que, em 1,2 mil processos judiciais de discriminação racial analisados pelo Centro de Estados das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), no período entre 1.997 e 2010, não há nenhum inquérito baseado na Lei 9455/97, a Lei da Tortura. “E um caso inédito e emblemático”, concluiu.
Veja reportagem da Rede TV - 04/02/2011
Por: Redação - Fonte: Afropress - 4/2/2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O Brasil começou a ganhar um grande médico. A vitória de Yuri!
Yuri Vieira de Lima Santos, 19 anos, estudante de escola pública de Cubatão foi aprovado para os Cursos de Medicina de duas das maiores Universidades do país – a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), de Uberaba. Nesta última, cujo resultado foi divulgado nesta segunda-feira (24/01) ele foi o 8º classificado numa turma de 40 aprovados.
Yuri também passou para a segunda fase nas seguintes Universidades: Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa e na Universidade de S. Paulo. É ainda o primeiro na lista de espera da Universidade Federal de São Carlos (UFscar) e também estava na lista de aprovados da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.
Feliz pela aprovação em Medicina, o mais disputado nas principais Universidades do país, ele disse que agora vive “um problema”: fazer a melhor opção entre os cursos nos quais passou, tendo em vista que o prazo para inscrição e matrícula é curto e as inscrições não podem ser cumulativas.
Por isso, já decidiu que abrirá mão da Medicina na UFRJ, no Rio, preferindo a UFTM, que nesta segunda-feira, divulgou a lista de aprovados e cujo prazo de matrícula termina dia 03/de fevereiro. Porém, ainda aguardará os resultados da USP, UNESP e também da UNIFESP (Universidade Federal de S. Paulo), que não divulgou ainda a relação de aprovados.
“Se também tiver sido aprovado na USP, UNESP ou Unifesp – fico em S. Paulo, que é mais perto, vou estar mais próximo da minha família. Do contrário vou para a Universidade Federal do Triângulo, que está entre as melhores do país”, afirma.
Ao contrário dos dois irmãos mais velhos – Dojival e Bruno Vieira de Lima Santos – o primeiro jornalista e o segundo ano do Curso de Direito -, Yuri decidiu ser médico porque disse que quer se dedicar a salvar vidas e cuidar das pessoas.
Ele fez o ensino fundamental (da 1ª a 5ª série) na Escola Antônio Ortega Domingues e depois na Escola da Usina Henry Borden (5ª a 8ª), na Light. O Ensino Médio foi feito na ETEC Aristóteles Ferreira, de Santos.
De origem humilde, Yuri será o primeiro médico da família, que, na parte paterna, tem antepassados negros que viveram sob o escravismo. O segredo para as conquistas que tem comemorado com a mãe Suzete Miranda, com o pai, e com os irmãos, segundo ele, é um só: “Estudo, persistência diante das dificuldades, que não poucas nem pequenas, e determinação”.
Yuri é meu filho mais novo e sua conquista é também minha, da mãe, dos irmãos, da família e de todos os que acreditam que, com luta, garra, determinação um filho de uma família pobre pode, sim, se tornar médico neste país de tanta injustiça, exclusões e desigualdades.
Nesta batalha, que só está começando (agora são os seis anos do Curso), Yuri já é um vitorioso.
Vida longa ao Yuri! O Brasil começou a ganhar um grande médico.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Leia em Afropress: Criança de 10 anos sofre violência no Extra
S. Paulo - Chamado de preto sujo, fedido, encostado à parede de uma sala e obrigado a tirar as roupas que vestia, um garoto de apenas 10 anos – cujo nome é omitido em respeito ao que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - ainda guarda o trauma sofrido, após ser abordado por seguranças, na última quinta-feira (13/01), numa loja do Supermercado Extra, na marginal do Tietê, em S. Paulo, região do bairro da Penha, na Zona Leste de S. Paulo, acusado de furtar mercadorias do estabelecimento.
O menino contou ao pai – Diógenes da Silva -, que foi levado por um dos seguranças para uma sala onde estavam outros dois meninos e três seguranças. As crianças foram obrigadas a baixar as calças e a levantar as camisetas, enquanto um dos seguranças pegou um canivete e passou a encostar nos garotos.
Os seguranças também são acusados de bater com um papelão na mesa para amedrontar os meninos que foram liberados em seguida.
“Meu filho está mal. Ele anda triste e muito assustado. Ele contou também que foi xingado de “negrinho sujo”. Meu filho é apenas uma criança, não deveria ter sido tratado assim, até porque ele não furtou nada do estabelecimento. Tenho o cupom fiscal. O que ele comprou pagou”, afirma o pai, que deu queixa no 10º Distrito Policial.
O caso lembra a situação vivida no final de 2009 pela dona de Casa Edna do Carmo, que estava acompanhada também de seu filho de 7 anos, submetida a constrangimentos, junto com a criança, quando passava pelo caixa de uma loja do supermercado Extra, da Avenida Ana Costa, em Santos. O Ministério Público de Santos, recusou-se a determinar a instauração de Inquérito Policial, após o registro da queixa, alegando não ter havido crime.
O recurso ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado de S. Paulo, ainda não foi julgado. O advogado Dojival Vieira, constituído pela dona de casa, entrará com Ação de indenização por danos morais contra o Grupo Pão de Açúcar.
Explicações
Diógenes, que mora com a mulher e o filho em um apartamento na Zona Leste, disse que foi ao hipermercado cobrar explicações, porém, lá foi atendido pelo chefe de segurança que se negou a mostrar a fita com as imagens do circuito interno, que poderão comprovar a violência contra as crianças.
Em Nota Oficial, a Assessoria do Grupo Pão de Açúcar, a quem pertence o hipermercado Extra, desmentiu a versão da criança e do pai e garantiu que os funcionários agiram de maneira respeitosa e ética, seguindo o padrão operacional da empresa. A Rede disse que vai colaborar com a Polícia para esclarecer o que aconteceu no interior da loja.
Redação - Fonte: Afropress - 18/1/2011
Veja o vídeo - Jornalismo da TV Record
O menino contou ao pai – Diógenes da Silva -, que foi levado por um dos seguranças para uma sala onde estavam outros dois meninos e três seguranças. As crianças foram obrigadas a baixar as calças e a levantar as camisetas, enquanto um dos seguranças pegou um canivete e passou a encostar nos garotos.
Os seguranças também são acusados de bater com um papelão na mesa para amedrontar os meninos que foram liberados em seguida.
“Meu filho está mal. Ele anda triste e muito assustado. Ele contou também que foi xingado de “negrinho sujo”. Meu filho é apenas uma criança, não deveria ter sido tratado assim, até porque ele não furtou nada do estabelecimento. Tenho o cupom fiscal. O que ele comprou pagou”, afirma o pai, que deu queixa no 10º Distrito Policial.
O caso lembra a situação vivida no final de 2009 pela dona de Casa Edna do Carmo, que estava acompanhada também de seu filho de 7 anos, submetida a constrangimentos, junto com a criança, quando passava pelo caixa de uma loja do supermercado Extra, da Avenida Ana Costa, em Santos. O Ministério Público de Santos, recusou-se a determinar a instauração de Inquérito Policial, após o registro da queixa, alegando não ter havido crime.
O recurso ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado de S. Paulo, ainda não foi julgado. O advogado Dojival Vieira, constituído pela dona de casa, entrará com Ação de indenização por danos morais contra o Grupo Pão de Açúcar.
Explicações
Diógenes, que mora com a mulher e o filho em um apartamento na Zona Leste, disse que foi ao hipermercado cobrar explicações, porém, lá foi atendido pelo chefe de segurança que se negou a mostrar a fita com as imagens do circuito interno, que poderão comprovar a violência contra as crianças.
Em Nota Oficial, a Assessoria do Grupo Pão de Açúcar, a quem pertence o hipermercado Extra, desmentiu a versão da criança e do pai e garantiu que os funcionários agiram de maneira respeitosa e ética, seguindo o padrão operacional da empresa. A Rede disse que vai colaborar com a Polícia para esclarecer o que aconteceu no interior da loja.
Redação - Fonte: Afropress - 18/1/2011
Veja o vídeo - Jornalismo da TV Record
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Que 2011 traga saúde, paz, alegria, amor e prosperidade a todos os que lutam por Justiça
Acabou 2010. Já foi tarde. Prefiro esquecê-lo, especialmente, os últimos seis meses, que prefiro não comentar para não trazer de volta os maus fluídos.
Não costumo comemorar o Natal, mas o Ano Novo até me empolga. Quando nada, pela possibilidade que todos temos de fazer balanços e renovar as esperanças, confraternizar com amigos e - até com quem não é tão amigo assim - o que acaba projetando no ar, energias boas, de esperança, de fraternidade.
Que venha 2011. Eu, a minha mulher, Dolores, a Equipe de Afropress, que é um projeto que se mantém há 5 anos no ar, voluntariamente, fazendo jornalismo independente, desejamos a todos (as)os que nos lêem e também aos leitores desse Blog um 2011 com MUITA SAÚDE, PAZ, ALEGRIA, AMOR E PROSPERIDADE.
Sobretudo para os que lutam por Igualdade e Justiça no Brasil, porque esses precisam viver muito e bem para que tenhamos um país mais digno da grandeza e da generosidade do seu povo.
Vamos em frente!!!
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