A prova a que foi submetido Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, o deputado federal mais votado do Brasil com mais de 1,3 milhão votos, desmoraliza uma Justiça Eleitoral que, no Brasil, tem o papel precisamente de legitimar um sistema político eleitoral e partidário falido e corrompido, mantido com os milhões das empreiteiras e do dinheiro sujo da propina e da corrupção.
Nunca antes neste país, um parlamentar eleito pelas regras definidas pelo "sistema" político partidário-eleitoral, foi submetido a tamanha humilhação e constrangimento.
Ora, a Justiça Eleitoral tinha toda a condição de indeferir a candidatura de Tiririca, quando o mesmo apresentou - como todos os candidatos - os documentos exigidos. Não o fez.
Agora submeter o deputado eleito a esse grau de constrangimento é uma dessas perversões de um sistema, que não tem nenhum pudor em constranger e humilhar os mais humildes.
Até as pedras sabem que Tiririca não é o culpado, pelo sistema político-eleitoral e partidário corrompido e corrupto. Ele é apenas um palhaço que os interesses político-eleitorais e partidários escolheram para captar votos. Utilizou-se dele, aceitou as regras do jogo. Jogo jogado, depois de obter a maior votação para um Deputado Federal no país, agora vem o Tribunal Regional Eleitoral com "prova" de alfabetização. Ora, ora, ora, pelo amor de Deus! Tudo tem um limite do razoável.
Segundo relato dos jornais, o juiz que aplicou o teste pediu ao deputado que escrevesse um parágrafo do livro da Justiça Eleitoral que ele ditou. Depois Tiririca teve de ler dois textos de jornal.
Pergunta-se: qual o deputado eleito que teve de se submeter a essa humilhação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário