No longo discurso - o primeiro, após ser declarada a 1ª mulher presidente do Brasil -Dilma Rousseff, a nova Presidente da República, entre outros compromissos, se comprometeu a fazer uma reforma política. Falou assim:
"Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia."
A sinalização é positiva, porém, vejamos com que tipo de reforma política, a nova presidente está assumindo compromissos.
Esperamos que seja uma reforma política digna desse nome, que sirva para aprofundar a democracia, tornando-a um valor do cidadão, e não um produto do mercado.
Para que seja isso, é necessário:
- o fim do voto obrigatório. Votar é um direito, não um dever;
- financiamento público das campanhas. É preciso acabar com a lavanderia de dinheiro sujo (da propina, da corrupção, e do caixa dois),fonte de toda corrupção do Estado em que as campanhas foram transformadas;
- candidaturas autônomas. Todo cidadão deve ter o direito de apresentar-se como candidato, sem precisar se submeter aos clubes fechados em que se tornaram os partidos políticos;
- mandatos revogáveis. Eleito que não corresponde a expectativa de quem elege, deve perder o mandato;
- instituição do voto distrital (puro ou misto). É a forma de aproximar o eleitor do eleito e baratear os custos das campanhas.
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