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sábado, 28 de agosto de 2010

Por um SP e um Brasil sem discriminação e desigualdade

Passados 122 anos da Abolição da escravidão no Brasil, a população negra, que corresponde a 51,3% da população brasileira, segundo o IBGE, continua ocupando os piores lugares.

* empregados negros ganham menos do que os brancos - até 50% menos - dependendo da região do país;
* há mais desemprego entre os negros do que entre os brancos nas várias regiões metropolitanas do país;
* Negros tem 2,2 anos a menos de escolaridade média do que os brancos, desde 1.929;
* A indigência é 70% negra, embora os negros representem 51,3% da população. Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) dos 22 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza 70% são negros, entre os 53 milhões de pobres do país, 63% são negros.
* As mulheres negras tem ainda maior desemprego e menor renda que os homens negros;
* a mortalidade infantil tem caído mais para brancos do que para negros;
* o analfabetismo é maior entre negros que entre brancos, quadro que se mantém apesar da diminuição do analfabetismo em ambos os grupos;
* o esgoto e a água tratada vão menos a larres negros do que a lares brancos;
* a expectativa de vida para os negros é, em média, seis anos menor que para os brancos.
Em S. Paulo, 30,6% da população é preta e parda, vale dizer negra, e enfrenta os piores indicadores. O Estado não tem políticas públicas para essa população que corresponde a quase 13 milhões de pessoas - população superior a muitos países.

São Paulo e o Brasil não podem mais conviver com discriminação e desigualdade, porque enquanto não ajustarmos contas com a herança maldita do escravismo e de 122 anos de racismo pós-abolição, estaremos condenados a viver numa democracia que não é digna desse nome, numa República de fachada, porque é para poucos.

O ufanismo da propaganda de Governos não podem encobrir essa realidade.

DOJIVAL DEPUTADO ESTADUAL - 65.788

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